Ah... Pois é.

Alguém uma vez me disse que eu era uma pessoa enigmática. E, apesar da surpresa momentânea, eu posso afirmar: sim, eu sou uma pessoa enigmática. Não transpareço pra qualquer um ou em qualquer situação. It's diferent. Minha transparência equivale à confiança na pessoa. É gradativa. E isso é muito bom. Até o dia que não é. Nem sei o porquê. Enfim. Às vezes quero voltar para o fim de 2008 e reviver alguns bons momentos que eu ocasionalmente esqueço. Mas... reviver pra quê? A recordação já é boa daqui. Bons ou maus momentos vividos sempre são recordados. Viu? Tô delirando já. Nesse preciso mais ingerir álcool pra ficar bêbada. Seriously?

Nothig to do.

Sabe aqueles dias que você não tem nada, nothing to do, e começa a pensar um monte de besteira? Pois é. Os pensamentos não começaram hoje, mas afloraram. E o pior é que eu sei, tenho absoluta certeza que isso tudo é coisa da minha cabeça. Isso é sinal de que tenho que desencanar da vida. Deixar ela me levar. Mas... já faz tanto tempo que to deixando e... nada! Nada mesmo. Não me apaixono. E isso dói. O quão ruim é isso? Eu só queria ser amada. Ou apaixonada. E isso logo no fim do ano? No último dia do ano? Se pelo menos ficasse por aqui. Se pelo menos não ultrapassasse as barreiras da virada, aí sim. Seria uma coisa boa. Porque, nesse ano, os amores, os amantes, não sei... ficaram a desejar. Em mim. A desejar em mim. Foram coisas mal definidas, ou até bem definidas, mas não na minha cabeça. Não sei... Eu queria. Mas não posso querer sozinha. Aliás... o que eu quero mesmo? Espero que o próximo ano me traga um querer.

.

I don't wanna talk about it how you broke my hearth.



If I stay here just a little bit longer
If I stay here won't you listen to my hearth




[My hearth]

Just.

Procurei uma roupa pra vestir hoje. E eu tinha certeza que ontem ela estava em cima da cama e eu tinha pego e jogado dentro do armário junto com as mil tralhas que estavam por lá.
Depois de quase derrubar o guarda-roupa no chão, olhei pra cama e lá estava ela, olhando pra mim.

Sempre esteve lá.

E agora eu me pergunto:
Será?






*Daquelas coisas que ninguém sabe porquê vêm.

'E eu volto pra lembrar...'*

Lembrar o quê mesmo?? Ah sim.. O ano tá acabando. É.. Hora de relembrar o ano que passou. Certo. Não sei.
Nesse ano eu me diverti muito. E me cansei demais. Foi o apogeu de todos os trabalhos possíveis de alguém que faz dois cursos. Foi terrível. Mas me fez aprender bastante. Gosto de aprender. Aprender é bom.
Nesse ano eu sofri um monte. Mas não vou me desabar sobre isso. O sofrimento nos fortalece sempre. A dor, o choro, a tristeza algum dia nos faz melhores seres humanos.
Nesse ano eu bebi. Como nunca havia bebido. Bebi até vomitar, até não sentir mais nada. Bebi até ficar consciente do mundo e inconsciente da alma. E aprendi também. Aprendi que sempre e tudo tem um limite. E esse foi ultrapassado. Bastante. Demais até.
Nesse ano eu sorri. E senti. E me diverti. Refiz amizades. E abalei algumas. Aprendi que algumas pessoas podem se tornar únicas em sua vida. E outras, que eram únicas, se tornam algo como.. nem sei o quê. Viram conhecidos, colegas. Ou até desconhecidos.
Nesse ano eu descobri que muita gente não me conhece. Mas não me conhece M-E-S-M-O. Não sabe que eu sou fácil por fora e incrível e inteiramente difícil por dentro. E confusa. E ingênua. E complexa. E bruta. E sentimental demais.
Mas tem gente que me conhece muito. Demais até. Que é só ouvir a voz, ou ler a escrita pra saber. E isso sim é impressionante. É surpreendente o que se tornou. A transformação. E ver que mesmo com toda a distância e os pudores, isso virou t-u-d-o isso. É magnífico. É belo.

Que o próximo ano, o ano de 2011, não seja a véspera do fim. O fim do mundo, o fim da amizade, o fim do amor.
Que o próximo ano traga muito mais trabalho, muito mais compreensão, muito mais amizade e amor.
Que os laços se refaçam.
Que todos fiquem bem.
E que os momentos de alegrias prevaleçam sobre as tristezas.

Feliz 2011!

;D



*O Pinhal do cidadão quem eu passei a gostar no fimzinho, mas ainda nesse ano.

Long time.

Simples assim. Não sou estressada. Nem esquentada. Não me altero com facilidade e aceito a maioria das coisas. Ele diz que não. Que eu imponho muito e as coisas sempre acabam saindo do meu jeito. E eu sabia disso, mas nunca tinha ouvido ninguém dizer.
Isso sim é estranho.
Porque as pessoas costumam se aproveitar da minha disposição em fazer trabalhos. Mas ele não. Joga na cara mesmo. Fala e briga. Mas quem consegue ficar com raiva?
Acho que ele é a mulher e eu sou o homem nesse pseudo-relacionamento.

Não sei o que é.


Sei que me cansa.